quarta-feira, 9 de abril de 2014

Malatya

Depois de uma longa viagem de trem, chegamos a Malatya, a terra do damasco. Como falei anteriormente, na Turquia, a região que produz muito uma coisa, este produto é exaltado em uma estátua, kitsch no último, na entrada da cidade mais produtiva, em um ponto bem visível. Admirem-se portanto com o damasco enorme de Malatya, que ficava bem pertinho do hotel Kirçuval, onde ficamos. E acrescento que o Kirçuval foi um dos melhores hotéis. Acomodações espetaculares, tratamento muito bom, café da manhã, com uma tremenda fartura, porém fica em um local extremamente barulhento. Talvez por isso não ganhe mais estrelinhas. Mas a canseira sempre ajuda nesta hora...
É que a cidade nos oferecia Arslantepe, um subúrbio interessantíssimo e, no dia seguinte, o ponto mais alto de nossa viagem, a montanha de Nemrud.
As pessoas de Malatya são amigáveis, todos tratam muito bem a todos, não é especial para o turista, porque não é o forte da região. Fizemos muitos amigos. Também, comendo damasco e numa paisagem daquelas, não é de se admirar que todos sejam gentis...
Uma nota especial para uma loja de produtos feitos com damasco. Damascos secos ao sol, na máquina, sementes de damasco torradas, com sal, sem sal, cumaredine enrolado com pistache, com amêndoas, com sementes de damasco, óleo de semente de damasco, doces com cara de quebra queixo, com chocolate, era tanta coisa na lojinha! Todo mundo muito simpático. Loja tocada pela família, todos irmãos. Fiz amizade com todos a ponto de apresentarem a mãe. Em duas idas à loja, fiquei amiga da família inteira.
Uma das muitas famílias dedicadas em aproveitar o damasco de todas as maneiras. Com as cascas duras da semente, fazem bloquetes de calçamento. O que sobra do damasco? Absolutamente nada. Como secam as frutas e exportam, não há desperdício.
Esta é uma lição que devemos aprender.
Terra de muita fartura, Malatya nos pegou desprevenidos, com tantas guloseimas feitas com damasco. Ah!!!!

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