Sebasteion (a maioria dos relevos originais, se encontram no museu) |
A ágora, com seus mosaicos e piscinas já protegidos para o inverno. |
O Vestíbulo dos Imperadores, onde a estátua de Domiciano foi quebrada em trinta pedaços, por ordem do Senado, em sua morte, em 96 AD, e foi restaurada ou o Odeon, com seus filósofos e poetas.
Mas as esculturas mais impressionantes são os relevos do Sebasteion. Eles foram removidos das escavações do complexo do Sebasteion, um caminho com pórticos de três andares de cada lado, conduzindo ao templo de Augusto. Uma pequena porção ainda permanece (na foto acima) e fotografa alguns heróis mitológicos e as famílias dos imperadores romanos. Foi iniciada por Zoilos, um grande bem-feitor de Afrodísias e concluídos por outras famílias de patrícios importantes. Zoilos, de humildes origens escravas, foi favorecido pelo imperador Augusto e ele, em retorno, financiou muitas construções em sua cidade natal. No palco lateral do Teatro, uma carta de Augusto está inscrita:
"Esta é a única cidade da Ásia, que eu tomaria para mim".
A ágora, vista total |
Templo de Afrodite, tendo ao fundo as paredes da basílica bizantina que foi construída sobre ele, usando o material de construção do templo, que era enorme e ficou reduzido a essas 14 colunas. |
No entanto, se você passasse por este lugar, há uns 50 anos, você procuraria em vão por sua glória, pois Afrodísias começou a ser excvada nos anos 60s. A pequena vila que estava no centro, foi removida para outro lugar alí perto (Geyre), os relevos e esculturas foram restaurados e um museu foi construído para eles.
Como o nome indica, era a deusa Afrodite, a deusa do amor e da beleza, que presidia a cidade. Há diversas estátuas, bustos e cabeças da deusa e o imponente Templo de Afrodite, datado dos tempos mais antigos mas ampliado por termas, que datam da visita de Adriano, provavelmente em 123 AD.
Estátua emasculada e mutilada pelos bizantinos, do imperador Adriano, diante do Tepidarium das termas que levam seu nome. Os bizantinos execravam os banhos mistos dos romanos. |
Afrodite, na Anatólia, simbolizava a fertilidade, mas a beleza de Afrodísias é o maior presente seu, que ainda permanece. Você faz uma ideia de como era lindo, vendo a reconstrução gráfica computadorizada, no museu. A porta monumental (Tetrapylon), a entrada do templo de Afrodite, um estádio em tamanho olímpico (para uma cidade de dez mil habitantes), o Sebasteion, magicamente restaurados ao toque de um botão, é desafiador para nossa imaginação.
Teatro grego, destruído nos terremotos do século IV e VI. |
(texto de Leslie Walsh, traduzido por mim)
Estádio gigantesco, que foi subdividido depois do terremoto do séc. IV, para servir de teatro, também, além de hipódromo e para atletismo e lutas de gladiadores com ou sem feras. |
Seu maior tesouro em esculturas, encontra-se no museu anexo ao sítio, onde estão os afrescos do Sebasteion, que estavam em suas paredes internas e externas e as estátuas que ficavam em cada vão entre duas colunas no pórtico inteiro.
Alguns afrescos do Sebasteion, no museu |
Era no Bouleiterion que os patrícios se reuniam para discutir os problemas da cidade, ouvir os filósofos, os poetas e cantores.
A acústica era perfeita, pudemos ouvir as instruções do guia francês que acompanhava um grupo, falando baixo e confortável, a uma boa distância do orador. Foi muito aplaudido no final da explicação.
Bouleiterion |
No museu, está também, a estátua da deusa, que ficava encerrada no sanctum do templo, sendo vista apenas pelos sacerdotes do templo. Os bizantinos quebraram seu rosto, com medo do seu olhar. Assim, depois fizeram os otomanos, com os ícones bizantinos. Cada povo, com a sua religião intolerante, destrói o que o povo anterior deixou de belo. Como os talibãs destruíram aqueles budas, no Afganistão.
A intolerância deixa suas marcas ao longo das civilizações.
Afrodite, sem face. |
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