quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Pamukkale, pela segunda vez!

Travertines
Repetir Pamukkale, sim, porque aquele lugar é mágico, porque queríamos ver o andamento dos trabalhos de escavação, porque não tínhamos ido a Aphrodisias, da vez passada e queríamos ir e acabamos conhecendo Laodikea, de quebra. Ainda tínhamos vontade de entrar naquela piscina quente, onde outrora, Cleópatra tomou banho!!! Puxa vida! Que maravilha tomar banho na mesma piscina que Cleópatra! Já ia me sentindo Elizabeth Taylor.
Tomamos um ônibus que parava onde quer que alguém estendesse a mão. Desde o começo estava lotado, mas ninguém em pé. Minha curiosidade era tão grande, que qualquer desconforto foi despercebido. No ônibus, tinha água à vontade. O passageiro pega seu copinho.
Escavação da Basílica de São Felipe - Bizâncio
Quando chegamos em Pammukale, era finzinho de tarde, escurecia e as ruínas de Hierápolis, no alto da montanha branca, pipocavam flashes!! Cheias de gente. Turismo do Bayram, simplesmente. É claro que muitos turcos não conhecem o complexo Hierápolis/Pamukkale, como nem todos nós, brasileiros conhecemos as cataratas do Iguaçu, o Pantanal ou a Amazônia. Aproveitam o Bayram para conhecer as maravilhas de sua terra, espalham-se pelo país e tem acesso gratuito ou muito barato. É só falar em turco e dizer a saudação do Bayram, do dia, que nós turistas não conhecemos. É simples. E nem mesmo sendo instruídos por algum turco, na hora de falar a saudação, tínhamos esquecido. Que língua!
No dia seguinte, fomos conduzidos por nosso hoteleiro, a uma montanha que faz fundo a Hierápolis, para ver a cidade de lá de cima. Estava ameaçando chuva.
De lá, fomos a uma fábrica de tapetes, claro, porque quem vai à Turquia acaba passeando no tapete voador infalivelmente, enquanto eu me preocupava, em vão, com o banho de Cleópatra.
Quando chegamos a Hierápolis, já passava das dez e eu senti perdido nosso banho, pois quando fomos à piscina quente, havia uma multidão! Ainda desta vez, ficamos na vontade. Quem sabe, na próxima vez! Inch'Allah...
O espetacular teatro de Hierápolis, restaurado, com travertines ao fundo.

Revimos as ruínas daquela linda cidade balneária. Hierápolis é uma versão romana de uma cidade SPA. Águas termais com uma grande variedade de sais dissolvidos, a uma temperatura que varia de 35ºC a 50ºC, portanto agradabilíssima à pele e acima da nossa temperatura, o que favorece a absorção dos sais minerais. Enfiamos nossos pés em um jorro que saía e lá ficamos por uns bons 20 minutos, para compensar a falta do nosso banho de piscina, fazendo escalda-pés.
Ficamos sabendo um pouco mais sobre Hierápolis. A cidade, originalmente Frígia, foi tomada por Alexandre, depois ocupada pelos romanos, depois pelos bizantinos - lá foi martirizado e sepultado São Felipe, onde os cristãos de Bizâncio construíram uma grande basílica. Depois, os otomanos construíram a cidade de Pamukkale, que fica logo abaixo de Hierápolis, tendo como divisa entre as duas, as lindas travertines, formadas pela água calcaria.
A cidade romana de Hierápolis, é linda e decorada com ciprestes e jardins. Agora está se tornando famosa, porque um arqueólogo descobriu uma das portas do Inferno, nos arredores de Hierápolis. Medo!
Termas romanas

Portal da cidade romana de Hierápolis

As escavações de Hierápolis romana e frígia, são realizadas por universidades da Turquia e da Itália. As escavações da basílica bizantina, são conduzidas pela igreja ortodoxa russa. Agora estão fazendo os preparativos para a missa do papa, neste ano ou em 2015, quando for concluída a restauração da basílica.
E este é mais um motivo para que em alguns anos, queiramos voltar a Pamukkale para ver como ficou!
Escavações da Basílica de São Felipe - em torno do século IV DC



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