sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Sobre Kaş e alimentação.




E depois de algumas horas de ficar embevecida, pela janela do dolmuş, a comer com os olhos cada prainha deserta, cada ruína, cada riacho, cada rochedo, cada ilha, chegamos a Kaş, uma cidade lícia, pequenina, antigamente chamada de Antiphelos, em contrapartida a Phelos, outra cidade lícia, que passamos pelo caminho, com intenção de voltar, para ver, mas acabava sendo tão complicado, que desistimos. Kaş foi escolhida porque era ponto de passagem, porque acolheu como moradia os nobres do Império Otomano, depois da proclamação da República, porque é linda, tem algumas tumbas lícias que quisemos ver e porque adoramos comer!
tumba lícia

as ruas são todas floridas

Hospedamo-nos no hotel Kayahan, que foi digno de nota. A proposta do hotel, além da hospedagem, era uma taça de vinho turco grátis, ao por de sol, no terraço do hotel. Também era servida uma refeição convidativa a preço fixo, com meze (pratos frios) à vontade, mais um prato principal. Sobremesa, também, à vontade.
Nosso maior erro, foi ter almoçado, na cidade, às 15h !!! O jantar do hotel era supimpa e saímos do terraço empanturrados.
As coisas novas começavam a acontecer. Um carrinho vendendo amêndoas frescas geladas! Ah, que calor! Caía bem com um bom sorvete de mastika com pistache. Descobrimos que era o mundo maravilhoso das compras, que havia de tudo que era bugiganga turca para turista comprar, que a especialidade da cidade era artesanato em prata. Descobrimos que o mais difícil em Kaş, era encontrar algum barzinho ou casa noturna que tocasse música turca. Fomos convidados para assistir a um show de música ao vivo, chamado Show da Integração Social. Plena segundona, vamos lá! Nada a perder. Uma moça cantou músicas de Amy Winehouse e uma menina de uns 10 anos, cantando jazz, como gente grande, simplesmente ARRASOU! Um prodígio! Adoramos.
No dia seguinte, o kahvaltı (café da manhã) do hotel era desbundante!!! Yogurtes de 4 tipos, geleias (até de beringela), cereais, todos os tipos de chá e café, pães, queijos, bolos e os tradicionais salsichão, ovo cozido, salada, pepino, tomate, azeitona. Uma festa.
Durante o dia vimos um espetáculo divertido: Mr. Walsh comprou o primeiro tapete. Um kilim tribal maravilhoso! Gostei muito.

Vista do terraço do Kayahan - ilha grega.

Desde a nossa primeira visita a Istambul, sabemos que ninguém vai à Turquia comprar tapetes, mas é muito raro sair de lá sem nenhum. E estava mesmo na hora, de começarmos a encher a bagagem. E foi assim.
Na cidade, há passeios de barco às ilhas gregas. Sim, as ilhas todas pertencem à Grécia, por mais perto que estejam da Turquia!. Do terraço do hotel, pode-se ver uma delas, logo em frente. De acordo com quem foi, nas ilhas tem uma rua, com lojinhas que vendem gregas bugigangas, e 4 horas de espera
pelo barco de volta! Foi outro passeio que nós não fizemos muita questão de fazer.
Alguns tipos de meze (tem muitos tipos mais...)
Ao cair da tarde, estávamos a postos no terraço do hotel, dispostos a comer tudo que tínhamos direito, desta vez. Começamos a conversar com a garçonete, Katie, que é australiana, portanto fala inglês, e ela contou, que uma vez veio passear na Turquia, hospedou-se no hotel Kayahan, adorou a comida, foi cumprimentar o "chef" e acabou casando-se com ele. Ela tinha razão! Ele, além de ser excelente cozinheiro, é um belo rapaz!

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