quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Viagem curta

Pegamos um dolmuş para Kaş, antes do almoço.
Enquanto viajamos, umas historinhas do Nasredin Hoca (diga, hodja).

CAIU UM MANTO

Ao ouvir um forte estrondo, a mulher de Nasrudin saiu correndo até o quarto.

"Não precisa se preocupar", disse o Mullá, "foi apenas meu manto que caiu no chão".

"O quê? E fez um barulho desses?"

"Sim, é que na hora eu estava dentro dele".




O ANÚNCIO

Nasrudin postou-se na praça do mercado e dirigiu-se à multidão:

"Ó povo deste lugar! Querem conhecimento sem dificuldade, verdade sem falsidade, realização sem esforço, progresso sem sacrifício?"

Logo juntou-se um grande número de pessoas, todas gritando em coro: "Queremos, queremos!"

"Excelente!", disse o Mullá. "Era só para saber. Podem confiar em mim.Lhes contarei tudo a respeito, caso algum dia descubra algo assim."




O BARCO E O HOMEM LETRADO

Em dada ocasião, Nasrudin estava em um barco com um homem letrado, quando o Mullá disse algo que contrariava as regras gramaticais.

-Você nunca estudou gramática? - perguntou o homem letrado.

-Não, nunca - respondeu Nasrudin.

-Neste caso, metade de sua vida se perdeu - retrucou outro.

Nasrudin ficou em silêncio durante algum tempo, quando finalmente falou:

-Você nunca aprendeu a nadar? - disse o Mullá ao homem letrado.

-Não, nunca - este respondeu.

-Então, neste caso, toda a sua vida se perdeu. Estamos afundando.


APRENDIZADO

"Como foi que você aprendeu tanto, Mullá?", perguntaram certa vez a Nasrudin.

"Falando muito", respondeu ele.

"Vou colocando em seqüência todas as palavras que me vêm à mente. Quando eu fico interessante, posso ver o respeito no rosto das outras pessoas. Na hora em que isso acontece, começo a tomar nota do que disse".

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